Ditadura militar no Brasil: o que aconteceu e por que ainda importa

A década de 60 foi marcada por tensão política, protestos estudantis e medo de uma suposta ameaça comunista. Em 31 de março de 1964, as Forças Armadas deram um salto e derrubaram o presidente João Goulart. O que começou como um “golpe” acabou se transformando em um regime autoritário que durou 21 anos.

Logo de cara, o governo militar suspendeu garantias constitucionais, censurou a imprensa e criou o AI‑5 (Ato Institucional Número 5) em 1968. Esse decreto deu poderes quase ilimitados aos militares: prisão sem ordem judicial, fechamento de partidos e restrição ao direito de reunião. Foi a fase mais sombria, com milhares de pessoas presas, torturadas ou forçadas ao exílio.

Como o regime se consolidou

Os generais que comandaram o país – Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo – seguiram uma estratégia de controle econômico e político. Enquanto a economia crescia, o chamado “milagre econômico” dos anos 70, a repressão ao dissentimento aumentava. O Serviço de Informações do Estado (SNI) monitorava opositores, e a censura apagava músicas, filmes e livros que criticavam o governo.

Mesmo com a promessa de desenvolvimento, a desigualdade social se aprofundou. Trabalhadores rurais e urbanos foram alvos de abusos, e movimentos como o MR‑8, a PCdoB e as organizações estudantis ainda lutavam contra a opressão. A resistência se manteve viva nas universidades, nas igrejas e nos jornais clandestinos.

O fim da ditadura e o legado hoje

A partir de 1974, com o presidente Geisel, começou a “distensão”: o regime começou a abrir espaço para oposição, embora ainda mantivesse o controle. Em 1985, após a eleição indirecta de Tancredo Neves (que morreu antes de assumir) e a posse de José Sarney, deu-se o fim oficial ao regime militar.

Mas o impacto ainda é sentido. Muitos familiares ainda esperam respostas sobre desaparecidos, e o debate sobre anistia, justiça e a Lei da Verdade continua. Escolas e universidades incluem o período nos currículos, e museus como o Memorial da Resistência guardam documentos e relatos que ajudam a lembrar o que não pode ser esquecido.

Se você quer entender melhor, procure fontes como o “Relatório da Comissão da Verdade” ou livros como “Brasil: Nunca Mais”. Conversar com quem viveu a época, assistir a documentários e visitar memoriais são formas práticas de aprender e, quem sabe, evitar que fatos assim se repitam.

Em resumo, a ditadura militar foi um capítulo de poder centralizado, censura e violência que ainda influencia a política e a cultura brasileiras. Conhecer esses detalhes ajuda a construir um futuro mais consciente e participativo.

A Importância do Cinema na Exploração das Violações Indígenas na Ditadura Militar

Um renomado diretor de cinema brasileiro enfatiza a necessidade de se explorar as violações sofridas pelos povos indígenas durante a ditadura militar em suas obras. Apesar de seu filme não abordar esse tema diretamente, ele acendeu um debate nacional sobre os impactos da ditadura militar, destacando atrocidades como deslocamento forçado, tortura e assassinatos, que resultaram em mais de 8.350 mortes de indígenas.

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