FIFA+: onde assistir Marrocos, Tunísia e Gana nas Eliminatórias Africanas hoje

O que está em jogo nas Eliminatórias Africanas

Três pesos pesados do continente movimentam a rodada das Eliminatórias Africanas para a Copa de 2026: Marrocos, Tunísia e Gana. O roteiro é claro: uma seleção dominante, outra já garantida no Mundial e uma terceira buscando transformar liderança de grupo em passagem direta. Tudo isso espalhado por Ndola, Malabo e Accra, com bola rolando em horários que cabem na rotina do torcedor brasileiro.

Marrocos chega com pinta de time pronto. São sete vitórias em sete jogos, 21 gols marcados e apenas dois sofridos, um saldo que expõe o tamanho do controle dos Leões do Atlas na chave. O encontro com a Zâmbia, em Ndola, tende a ser o tipo de teste que mede concentração: quando a tabela e a matemática estão a favor, manter o padrão vira o principal desafio. A equipe de Walid Regragui, que chegou às semifinais do último Mundial, ganhou corpo e repertório; alterna pressão alta com ataques rápidos pelos lados e tem bola parada bem trabalhada.

Do outro lado, a Zâmbia costuma morder no início e acelerar em transições, empurrada pelo seu torcedor no Levy Mwanawasa Stadium. O time é jovem, gosta de jogo franco e, se encontrar espaço, pode assustar. Para os marroquinos, o recado é simples: não dar chance aos erros bobos, controlar a saída de bola e impedir que a partida vire ida e volta constante.

A Tunísia já carimbou o passaporte. A classificação veio com vitória por 1 a 0 sobre a Guiné Equatorial, com gol de Mohamed Ali Ben Romdhane nos acréscimos, aproveitando falha da defesa rival. Chegou a 22 pontos e ficou inalcançável para a Namíbia, que tem 12 e só mais duas partidas por fazer. Ainda assim, a seleção volta a campo para gerir elenco, dar minutos e manter ritmo competitivo. Contra um adversário que conhece bem, a missão passa por controlar o meio, evitar jogo picado e não perder a cabeça fora de casa.

Para a Guiné Equatorial, receber os tunisianos em Malabo é chance de corrigir a atuação do confronto anterior. Em casa, a equipe tende a marcar pressão nos primeiros 15 minutos e apostar em cruzamentos, com muita bola alçada. O detalhe é que a defesa da Tunísia costuma se sentir confortável nesse tipo de cenário, povoando a área e baixando linhas quando precisa.

Gana fecha o dia com um duelo que pode pesar muito no desfecho do grupo. Líder com 16 pontos, encara o Mali em Accra. A seleção ganesa tem sido uma das mais consistentes da África nos últimos ciclos de Copa: talento individual não falta, e a juventude do elenco dá velocidade ao ataque. O encaixe, aqui, é não se expor demais quando adianta os laterais. Se a equipe sustentar a pressão com organização, tem tudo para mandar no jogo.

O Mali é aquele rival que nunca entrega barato. Marca forte por dentro, é agressivo nas divididas e costuma crescer em jogos grandes. O plano passa por cortar linhas de passe para o meia criativo ganês e acelerar em roubadas de bola. Na prática, é o tipo de partida que se decide no detalhe: um escanteio bem cobrado, um chute de média distância, uma transição com três toques.

O pano de fundo é a Copa de 2026, que terá 48 seleções. A África ganhou mais vagas diretas, o que aumenta a margem, mas também eleva a exigência por regularidade. Por isso, mesmo com a Tunísia já garantida e Marrocos em trajetória de líder, há muito em jogo: cabeça de chave, moral para a data FIFA seguinte, minutos para reservas e ajustes finos de sistema.

Entre os nomes a observar, Marrocos traz sua espinha dorsal formada por defensores ágeis e laterais que decidem no último terço. O talento no um contra um abre corredores para o centroavante, que tem presença de área e leitura de cruzamentos. Na Tunísia, a disciplina tática impera, com bloco médio compacto e paciência para encontrar o momento certo de acelerar. Já Gana depende da conexão entre seu meia mais criativo e os pontas; quando essa triangulação flui, o time cria chances em sequência.

Há elementos comuns que podem definir a rodada: quem perder a bola em saída curta tende a sofrer, porque a transição africana é uma das mais rápidas do mundo; a bola parada tem peso extra, já que as defesas costumam ser fortes pelo alto; e o fator casa é real. Em Ndola, Malabo e Accra, o som da arquibancada empurra e condiciona ritmo, ainda mais em manhãs e tardes de calor.

Horários, estádios e como assistir

Todos os jogos desta rodada têm transmissão gratuita no FIFA+. É a forma oficial de acompanhar as Eliminatórias Africanas com imagem e narração, sem custo, do seu celular, TV ou computador.

• 10h (horário de Brasília) — Zâmbia x Marrocos, no Levy Mwanawasa Stadium (Ndola)
• 10h (horário de Brasília) — Guiné Equatorial x Tunísia, no Estádio de Malabo (Malabo)
• 16h (horário de Brasília) — Gana x Mali, no Accra Sports Stadium (Accra)

Para quem gosta de ver o jogo além do placar, alguns pontos de atenção ajudam a ler melhor cada duelo:

• Marrocos: circulação rápida da bola pelos lados, entradas em diagonal dos pontas e pressão imediata pós-perda.
• Zâmbia: bolas longas nas costas da defesa e chutes de média distância para testar o goleiro cedo.
• Tunísia: organização no 4-3-3 que vira 4-5-1 sem a bola, com linhas curtas e coberturas bem ensaiadas.
• Guiné Equatorial: intensidade nos primeiros minutos e aposta na bola aérea ofensiva.
• Gana: combinação entre meia criativo e pontas; atenção aos movimentos sem a bola para abrir espaço ao centroavante.
• Mali: marcação forte no corredor central e contra-ataques com dois ou três passes.

Com a Tunísia já confirmada no Mundial e Marrocos no embalo de líder, a África soma dois representantes certos entre as vagas já preenchidas para 2026, que também incluem os anfitriões (Canadá, Estados Unidos e México) e seleções que avançaram em Ásia e América do Sul. O restante da história ainda será escrito nas próximas datas, mas a fotografia do dia mostra seleções maduras, projetos claros e jogo de alto nível.

Para o torcedor brasileiro, a agenda é amigável: de manhã, dois jogos para abrir o dia; no fim da tarde, Gana e Mali num estádio que ferve. É rodar a chave, ajustar o volume da TV e aproveitar a rodada que pode mexer com a parte de cima de três grupos diferentes.