Quando Gerardo Daniel “Tata” Martino, técnico da Federação Mexicana de Futebol viu o El Tri perder por 3 a 2 contra a Colômbia, a torcida sentiu um frio na barriga. O confronto, oficialmente Amistoso México vs ColômbiaSanta Clara, Califórnia, EUA, aconteceu no final da tarde de 27 de setembro de 2022, sob os olhos de cerca de 67 mil espectadores.
El Tri chegava ao amistoso após três jogos sem vitória: um empate sem gols contra a Coreia do Sul, 1 a 1 contra o Japão e a derrota por 2 a 0 para a Turquia em junho. O objetivo era ajustar o esquema tático antes da estreia na Copa do Mundo de 2022, no Catar, onde o México compõe o Grupo C ao lado de Argentina, Polônia e Arábia Saudita.
Martino, que assumiu a seleção em janeiro de 2019, sabia que o Brasil seria o principal obstáculo para a Argentina, mas que a disputa pelo segundo lugar ficaria entre México e Polônia. "Precisamos de consistência defensiva e um ataque que seja impiedoso nos contra‑ataques", afirmou o treinador após o treino de sábado, pouco antes da viagem.
O México impôs ritmo desde o apito inicial. Aos 6 minutos, Alexis Vega converteu um pênalti após uma falta dentro da área, colocando o El Tri na frente. Quase meia‑hora depois, aos 29', Gerardo Arteaga empurrou a bola para o fundo da rede após um lançamento de Erick Gutiérrez, que driblou a defesa e serviu um cruzamento na pequena área. O placar 2 a 0 parecia confortável, mas o segundo tempo trouxe outra história.
Logo aos 49 minutos, Luis Sinisterra marcou o primeiro gol da Colômbia, aproveitando um rebote dentro da área. Três minutos depois, o mesmo atacante ampliou, tornando‑se o primeiro jogador a marcar duas vezes na partida. E, aos 68 minutos, o capitão Wilmar Barrios completou a virada, chutando firme após um escanteio.
O árbitro norte‑americano Nima Saghafi, da US Soccer Federation, teve que interromper o jogo por cerca de 10 minutos ao som de cantos discriminatórios vindos da torcida, antes de retomar o tempo regulamentar.
O momento mais tenso aconteceu aos 80 minutos, quando o apito de Saghafi sinalizou a parada. A comissão de arbitragem, em contato com a segurança do estádio, pediu que os torcedores cessassem os gritos ofensivos, que continham referências raciais e nacionais. Um anúncio foi feito pelos alto‑falantes, lembrando o público das normas da FIFA sobre comportamento. "Não podemos tolerar nenhum tipo de discurso de ódio em um jogo internacional", disse o comandante da segurança, segundo relatos da emissora local.
Após cinco minutos de silêncio, o jogo foi reiniciado, mas o ritmo já havia mudado: a Colômbia, impulsionada pela torcida que permanecia majoritariamente neutra, encontrou mais espaço nas transições rápidas.
Ao final da partida, Martino reconheceu a fragilidade defensiva do México: "Precisamos melhorar o posicionamento dos laterais e a marcação nos contra‑ataques. A Colômbia mostrou que, quando cria chances, tem qualidade para finalizar".
Do lado colombiano, o técnico Reinaldo Rueda elogiou o espírito da equipe: "Mesmo sem estar na Copa, queríamos testar nosso esquema. Conseguimos fazer o que treinamos e, claro, o resultado nos dá confiança para os próximos compromissos".
Especialistas em futebol latino‑americano, como o analista da ESPN Brasil André Rangel, apontaram que a derrota expõe a necessidade de o México ser mais rápido na transição. "Se o El Tri quiser competir contra a Argentina, tem que ter um meio‑campo que recupere a bola em segundos e aproveite a velocidade de jogadores como Hirving Lozano", afirmou.
A vitória da Colômbia, embora não influencie a classificação para o Mundial, serve de alerta para a seleção mexicana. O próximo desafio será contra a Polônia, marcada para 22 de novembro de 2022, às 16h, em Doha. Se o México não corrigir os lapsos defensivos, corre o risco de ficar preso à segunda colocação.
Os torcedores, por sua vez, permanecem divididos. Enquanto alguns criticam a escolha de eliminar o atacante Hirving Lozano do onze titular, outros acreditam que a disputa interna pode ser saudável para estimular a competitividade.
Nas próximas semanas, o México tem amistosos contra a Coreia do Sul (30/09) e o Japão (03/10) antes de partir para o Qatar. O técnico Martino pretende usar esses jogos para experimentar diferentes formações, inclusive com a defesa de três zagueiros que tem sido testada nos últimos treinos.
Para os fãs que acompanham cada detalhe, a grande questão será: o El Tri vai conseguir transformar a energia da derrota em um plano de jogo mais sólido, ou continuará vulnerável nas transições rápidas? O tempo dirá, mas a partida contra a Colômbia certamente marcou um ponto de virada na preparação para o maior torneio da história do futebol.
A perda evidencia fragilidades defensivas que podem ser decisivas contra a Polônia, adversária do México no Grupo C. Se o técnico Martino não ajustar a marcação nos contra‑ataques, o El Tri corre o risco de ficar em segundo lugar, precisando de um ponto contra a Arábia Saudita para avançar.
Do México, Alexis Vega abriu o placar com um pênalti, e Gerardo Arteaga ampliou antes do intervalo. Pela Colômbia, Luis Sinisterra foi o artilheiro com dois gols, enquanto Wilmar Barrios garantiu o gol da vitória.
O árbitro Nima Saghafi interrompeu a partida após cantos discriminatórios vindos da torcida, que incluíam insultos raciais e nacionais. O árbitro solicitou a intervenção da segurança e o anúncio de que tais comportamentos são proibidos pela FIFA.
O próximo amistoso está agendado para 30 de setembro de 2022, contra a Coreia do Sul, no mesmo estádio de Santa Clara. Em seguida, o México enfrenta o Japão em 3 de outubro, antes de embarcar para o Catar.
Mesmo sem classificação para o Mundial, a Colômbia mantém uma sequência de seis jogos sem derrota, com três vitórias recentes. A vitória sobre o México reforça a confiança da equipe e serve como base para as eliminatórias sul‑americanas que ainda continuam.
Comentários (15)
Fabiana Gianella Datzer
12 out 2025
A partida mostrou como a defesa mexicana ainda tem espaço para melhorar, especialmente nos contra‑ataques. 🚩👏 O placar invertido também revela a importância de manter a concentração até o apito final. É fundamental que o técnico ajuste os laterais para evitar as brechas que a Colômbia explorou.
Carlyle Nascimento Campos
13 out 2025
Que desastre!!! O México saiu completamente vulnerável, e ainda por cima deixou a torcida sem resposta! Cada lance era uma chance perdida, parece que o técnico ainda está tentando descobrir o que fazer! A defesa parecia um muro de papel!
Igor Franzini
13 out 2025
Bom, eu achei que a defesa tava meio folgada, mas nãp sei se a culpa é do técnico ou dos jogadores. O time pareceu perdido e uns passes erradod, isso acabou influienciando o resultado. Só faltou perder de novo.
João e Fabiana Nascimento
14 out 2025
A análise demonstra que o El Tri precisa melhorar a sua organização defensiva, sobretudo nos momentos de transição. A substituição de alguns laterais poderia suprir a falta de cobertura que a Colômbia explorou com eficiência. É imprescindível que o técnico faça ajustes antes da Copa.
joao teixeira
14 out 2025
É claro que a interrupção foi planejada para desestabilizar o México; as autoridades sempre têm um interesse oculto. Os cantos discriminatórios foram apenas uma fachada para manipular a narrativa e distraí‑los do verdadeiro objetivo: enfraquecer a moral da equipe.
Júlia Rodrigues
15 out 2025
É uma vergonha o que aconteceu ali a torcida. Falta de patriotismo e respeito atrais só dó. O México tem que melhorar se quiser ser respeitado nas competições.
Marcela Sonim
15 out 2025
O México precisava ter mais seriedade, a falta de foco foi evidente. 😒 A defesa estava aberta demais e o ataque não conseguiu criar oportunidades. 😑
Bárbara Dias
16 out 2025
Realmente, a partida revelou falhas técnicas que precisam ser corrigidas imediatamente; a estratégia adotada não foi eficaz; além disso, a postura da equipe foi abaixo do esperado.
Gustavo Tavares
16 out 2025
A derrota contra a Colômbia expôs uma fraqueza crônica na estrutura defensiva do México, que parece incapaz de reagir rapidamente aos contra‑ataques velozes dos adversários. Cada gol sofrido foi precedido por um erro de posicionamento que poderia ter sido evitado com uma comunicação mais eficiente entre os zagueiros. A falta de pressão na primeira linha permitiu que o meio‑campo colombiano dominasse a posse e encontrasse brechas explosivas. O técnico Martino precisa reavaliar o esquema tático, talvez optando por uma formação mais compacta que proteja os flancos vulneráveis. Além disso, a preparação física dos laterais parece insuficiente, já que eles se mostraram sobrecarregados nas transições rápidas. A substituição de jogadores experientes por opções menos testadas levantou dúvidas sobre a estratégia de risco adotada neste amistoso. Se a seleção não corrigir esses pontos antes da Copa, corre o risco de ficar à mercê de equipes mais organizadas e tecnicamente superiores. Os torcedores, naturalmente, sentirão frustração ao observar tais lapsos, principalmente depois de tantas expectativas depositadas no elenco. Por outro lado, a partida também trouxe lições valiosas sobre a importância de manter a calma sob pressão, algo que o El Tri ainda não demonstrou com consistência. As táticas ofensivas mostraram criatividade, mas careceram da disciplina necessária para transformar oportunidades em gols decisivos. Falhas individuais, como a perda de bola em áreas perigosas, foram tão prejudiciais quanto os erros coletivos, indicando que a solução deve ser dupla: aprimorar tanto a estratégia quanto a execução. Em resumo, a derrota serve como um alerta: se não houver mudanças rápidas e efetivas, o México pode se encontrar em um caminho de resultados desfavoráveis, comprometendo suas ambições de chegar longe na Copa do Mundo.
Jaqueline Dias
17 out 2025
É triste ver a falta de comprometimento da equipe, mas ainda há tempo para ajustes. 🙏 O México tem tradição, basta lembrar disso.
Raphael Mauricio
17 out 2025
O México tem que aprender a segurar a bola.
Gustavo Manzalli
17 out 2025
Concordo plenamente com a análise detalhada. A defesa precisa realmente de mais disciplina e os laterais devem ser treinados para não deixar espaços. Além disso, a estratégia ofensiva deve ser mais equilibrada, evitando excessos que deixam a equipe vulnerável.
Paulo Viveiros Costa
18 out 2025
O Marcela tem razão, mas acho que exagerou. O time tem potencial, só precisa de mais confiança e menos ansiedade nos jogos.
Anderson Rocha
18 out 2025
A crítica do Carlyle foi bem forte, mas precisava ser mais construtiva. É importante apontar os erros, porém também oferecer sugestões práticas.
Camila Medeiros
19 out 2025
A conversa sobre teorias da conspiração pode desviar o foco dos verdadeiros problemas táticos que o México enfrenta. É preciso analisar o desempenho de forma objetiva.