Mounjaro no Brasil: quanto custa, como comprar e quem pode usar

Mounjaro: Chegada ao Brasil e Preços Surpreendentes

O mercado brasileiro de medicamentos ganhou um novo protagonista: o Mounjaro, voltado para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. A chegada desse remédio, que ficou famoso nos Estados Unidos e em países da Europa pela sua eficácia, movimentou pacientes em busca de novidade e médicos atentos às possibilidades de prescrição. Disponível desde maio de 2025, o remédio aparece por aqui em doses de 2,5 mg e 5 mg, sempre em canetas para aplicação subcutânea.

O que chama a atenção logo de cara são os preços – e eles mudam bastante dependendo de onde e como você compra. Para quem entra no programa Lilly Melhor Para Você, que oferece descontos exclusivos para pacientes cadastrados, a dose mensal de 2,5 mg fica em R$1.406,75 se o pedido é feito online. Se preferir comprar na farmácia física e também participa do programa, o valor sobe um pouco: R$1.506,76 por mês. A dose de 5 mg acompanha a mesma lógica: R$1.759,64 online e R$1.859,65 nas lojas físicas.

Sem Programa, Valores Disparam e Novas Doses a Caminho

Sem Programa, Valores Disparam e Novas Doses a Caminho

Quem deixa de usar o desconto do programa sente imediatamente no bolso. Em São Paulo, por exemplo, uma caixa do Mounjaro custa R$1.907,29 (2,5 mg) ou R$2.384,34 (5 mg) para quem paga o valor cheio. O imposto ICMS, fixado em 18% para medicamentos de alto custo, interfere diretamente nesse valor. Apesar desses preços salgados, a própria Eli Lilly avisou que está praticando valores iniciais menores, mesmo com a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) estipulando um teto máximo de R$4.058,85 em determinados casos de tributação.

O tratamento precisa ser feito certinho: são quatro injeções ao mês, uma por semana. O paciente só pode usar com receita médica e ainda tem de se encaixar nos critérios já aprovados pela Anvisa – ou seja, ter diagnóstico de diabetes tipo 2 ou obesidade, atendendo aos níveis de IMC específicos exigidos pela bula. Doses maiores, como 7,5 mg, 10 mg e até 15 mg, ainda devem chegar, mas só depois de liberadas oficialmente.

Quem começa o tratamento muitas vezes já ouviu relatos positivos sobre a perda de peso importante e melhor controle da glicose. Só que o custo elevado ainda limita o acesso, especialmente para quem não consegue desconto via programas especiais ou negociações com farmácias. Por enquanto, médicos e pacientes precisam ficar de olho nas regras, nos preços e no calendário de chegada das novas doses.