Você já ouviu falar de BDSM e ficou com dúvidas? Não se preocupe, aqui vamos explicar de forma simples o que significa, quais são as principais práticas e, principalmente, como garantir que tudo seja feito com respeito e segurança.
BDSM é um acrônimo que reúne várias palavras: Bondage (amarrar), Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masochismo. Cada uma tem um sentido específico, mas todas partilham o mesmo ponto de partida: o consentimento.
Bondage, por exemplo, envolve amarrar o parceiro com cordas, algemas ou fitas. O objetivo pode ser estético, como criar formas no corpo, ou sensorial, intensificando o toque. Já a Dominação e a Submissão são papéis de poder – quem domina toma as decisões e quem se submete entrega o controle, sempre dentro dos limites combinados.
Sadismo e Masochismo tratam do prazer em dar ou receber dor. A dor pode ser leve, como palmadas, ou mais intensa, como uso de chicotes. O importante é que a sensação seja acordada de antemão e que ambos estejam confortáveis.
Antes de qualquer cena, a conversa é obrigatória. Defina o que cada um quer, onde está disposto a chegar e quais são os limites intransponíveis. Essa negociação costuma acontecer fora do ambiente de jogo, para que ninguém se sinta pressionado.
Um recurso muito usado é a palavra de segurança (ou safeword). Ela funciona como um botão de pausa: se um dos parceiros disser a palavra acordada, a cena para imediatamente. Escolha algo que não faça parte da fantasia, como "vermelho" ou "pare", para que todos reconheçam o sinal.
Outro ponto crucial é o aftercare, o cuidado pós‑encenação. Depois de uma sessão intensa, é comum que os corpos e emoções estejam vulneráveis. Abraços, conversas leves, água e um cobertor ajudam a retomar o equilíbrio.
Use equipamentos adequados. Cordas de algodão ou náilon que não machuquem a pele, algemas com revestimento macio e objetos que não causem lesões graves são opções seguras. Nunca use objetos quebráveis ou materiais que possam cortar ou prender de forma perigosa.
Se houver risco de sangramento, como com flagelações mais fortes, tenha à mão itens de higiene – água morna, sabão neutro e, se necessário, ataduras. Evite áreas sensíveis como pescoço e coluna, a menos que tenha experiência e conhecimento aprofundado.
Lembre‑se de que o BDSM não é sobre dor ou submissão forçada; é sobre confiança, exploração e prazer mútuo. Quando tudo é planejado, respeitado e comunicado, a experiência pode ser muito gratificante e fortalecer a relação.
Quer começar? Comece devagar, teste limites leves e aumente a intensidade só se ambos concordarem. Leia materiais confiáveis, participe de grupos ou fóruns onde praticantes compartilham dicas e experiências. Assim, você aprende novas técnicas e evita erros comuns.Em resumo, BDSM é uma prática que combina fantasia, poder e sensações físicas, sempre guiada pelo consentimento e pela segurança. Se você seguir as regras básicas de comunicação, usar equipamentos corretos e cuidar do aftercare, pode viver momentos intensos e seguros com quem quiser.
O apresentador brasileiro André Marques, de 44 anos, revelou publicamente ser adepto da prática sexual conhecida como bondage, parte do BDSM. Ao compartilhar sua experiência, Marques chama atenção para a diversidade da sexualidade humana e a importância do respeito às escolhas individuais.