Suicídio: entenda os sinais, prevenção e apoio

Falar de suicídio ainda traz tabu, mas quem ignora o assunto aumenta o risco. Se você percebeu mudanças de comportamento em alguém ou sente que está passando por uma crise, este guia traz o que precisa saber de forma simples e direta.

Principais sinais de alerta

Alguns comportamentos costumam aparecer antes de um ato suicida. Observe se a pessoa demonstra:

  • Desânimo extremo, sensação de que nada tem solução.
  • Isolamento social repentino, evitando família e amigos.
  • Fala de “não aguento mais”, “será melhor sem mim” ou ameaças de morte.
  • Alterações no sono – insônia ou dormir demais.
  • Desinteresse por hobbies, trabalho ou estudos que antes gostava.
  • Distribuir bens, fazer despedidas ou escrever cartas de adeus.

Esses indícios não garantem que a pessoa vá se machucar, mas são sinais de que algo está muito errado. Quando perceber, não espere.

Como agir e onde encontrar apoio

Primeiro, escute sem julgar. Deixe a pessoa falar o que sente, mostre que está presente e que não está sozinha. Evite minimizar a dor com frases tipo “é coisa da cabeça” ou “você vai melhorar”. Em vez disso, use expressões como “entendo que está difícil” ou “estou aqui para ajudar”.

Depois de ouvir, incentive a busca por ajuda profissional. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) funciona 24 h e pode ser acionado pelo telefone 188 ou chat online. Se houver risco imediato, ligue para o SAMU (192) ou procure o pronto‑socorro mais próximo.

Se a pessoa já tem psicólogo ou psiquiatra, procure entrar em contato com o profissional para avisar da situação. Caso não tenha acompanhamento, indique clínicas públicas ou unidades básicas de saúde, onde o encaminhamento para terapia ou medicação pode ser feito sem custos.

Além das linhas de apoio, grupos de apoio presencial ou virtual podem ser úteis. Muitas ONGs oferecem encontros para quem passou por crises suicidas, proporcionando troca de experiências e reforço na rede de suporte.

Lembre‑se de cuidar de você também. Apoiar alguém em sofrimento pode ser desgastante. Reserve tempo para conversar com amigos, praticar atividades que relaxam e, se precisar, procure um terapeuta para lidar com suas próprias emoções.

O suicídio costuma ser resultado de uma combinação de fatores – biológicos, psicológicos e sociais. Quando agimos rápido, oferecendo compreensão e direcionando a pessoa para ajuda profissional, aumentamos muito as chances de recuperação.

Se ainda houver dúvidas sobre como proceder, anote as informações de contato das linhas de apoio e compartilhe com quem precisar. Cada conversa, cada gesto de atenção pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

Não espere. Se você ou alguém que conhece está em risco, busque ajuda agora.

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