Quando Rafael Lacerda, técnico do Atlético-GO descreveu o clássico Atlético-GO x Goiás como “diferente”, ficou claro que o duelo carregava mais peso que os três pontos habituais. O técnico fez a declaração na manhã de , antes da partida que ocorreria no Estádio Antônio Accioly. O confronto fazia parte da Série B do Campeonato Brasileiro, competição que, nesta fase, já vivia uma corrida acirrada pelo acesso.
O Dragão vinha de seis jogos invictos – três vitórias seguidas contra América‑MG, Remo e Avaí, além de empates que garantiam a soma de 42 pontos. Essa sequência colocou o time na nona posição, a apenas oito pontos do rival Goiás na tabela. Lacerda reforçou que, apesar de cada partida valer os mesmos três pontos, um clássico nacional envolve rivalidade histórica, uma cidade dividida e duas torcidas apaixonadas.
“É diferente. São três pontos, mas envolve muita coisa. Uma rivalidade de anos, uma cidade, um estado. É um clássico nacional, de um peso muito grande”, explicou. O técnico ainda destacou que a atmosfera nos vestiários e nas arquibancadas muda a postura dos atletas, que acabam mais concentrados e sentem maior responsabilidade.
O jogo começou com o Atlético-GO tentando impor o ritmo, movimentando o meio‑campo e explorando as laterais. O goleiro Lelê foi chamado a acertar três defesas difíceis, inclusive duas bolas que tocaram a trave. Por outro lado, o ataque rubro‑negro criou boas oportunidades: Adriano Martins bateu de fora da área, enquanto Kauan empurrou duas cabeçadas dentro da pequena área que acabaram escapando.
O Goiás, embora mais compacto, conseguiu manter a defesa fechada e se apoiar em contra‑ataques rápidos. O árbitro, apontado como ponto de discórdia por Lacerda, teve intervenções que, segundo o técnico, interferiram no ritmo da partida.
Ao final do duelo, o placar permanecia em 0 a 0. Lacerda, ainda no vestiário, foi rápido em apontar que “o Atlético‑GO perdeu pontos”. Segundo ele, o time foi o melhor em campo, gerou mais chances e acabou desperdiçando oportunidades claras dentro da área. “Temos boas chances, principalmente com o Lelê na trave, teve a do Adriano, do Kauan”, citou, mas lamentou a falta de concretização.
O treinador também refletiu sobre a importância do próximo compromisso contra o Athletico‑PR, que lidera o G‑4 com 48 pontos. “Ainda dá tempo para brigar lá em cima, com uma vitória no domingo diante do Athletico‑PR”, afirmou, mostrando confiança na capacidade do elenco de reagir.
Com o empate, o Atlético‑GO manteve 42 pontos, permanecendo na nona colocação. A diferença para o líder do G‑4 – o próprio Athletico‑PR – é de seis pontos, o que ainda deixa a luta pelo acesso viva, mas exige consistência.
Na sequência, a equipe encara o clássico direto contra o Athletico‑PR no domingo, 5 de outubro, às 20h30, novamente no Estádio Antônio Accioly. Um triunfo poderia elevar o Dragão para a sétima posição, reduzindo a distância para o G‑4 para apenas dois pontos.
O clássico entre Atlético‑GO e Goiás tem raízes que remontam aos anos 70, quando ambos disputavam a então Série A. Nos últimos cinco anos, os duelos foram marcados por confrontos equilibrados, com três empates, duas vitórias do Dragão e duas do rival. O último confronto direto antes desta partida terminou em 1 a 1, reforçando o caráter imprevisível do duelo.
Especialistas apontam que a chave para o sucesso do Atlético‑GO será melhorar a finalização. Enquanto o ataque cria, a taxa de conversão está em torno de 12%, bem abaixo da média da Série B (aprox. 18%). Se Lacerda conseguir ajustar isso, as chances de alcançar o G‑4 aumentam significativamente.
O empate manteve o Dragão com 42 pontos, a seis do líder do G‑4. Ainda há margem, mas o time precisa vencer o próximo clássico contra o Athletico‑PR para encurtar a diferença para dois pontos.
Segundo Lacerda, as chances mais claras foram duas cabeçadas de Kauan e um chute de Adriano dentro da pequena área, além de defesas difíceis de Lelê que quase se transformaram em gols.
Lacerda acredita que ainda há tempo para brigar por acesso e quer que o time mostre a mesma concentração do clássico. Uma vitória pode levar o Atlético‑GO para a sétima posição e reaproximá‑lo do G‑4.
A equipe venceu três partidas consecutivas – contra América‑MG, Remo e Avaí – antes de empatar com o Goiás. Essa sequência elevou a moral e a confiança do elenco para os duelos decisivos.
O duelo tem mais de 40 anos, com confrontos marcados por equilíbrio. Nos últimos cinco confrontos, houve três empates, duas vitórias do Dragão e duas do rival, reforçando a imprevisibilidade do jogo.
Comentários (1)
Bruno Boulandet
1 out 2025
Galera, clássico não é só ponto, é pressão mental. O Lacerda tem razão ao dizer que a torcida muda a postura dos jogadores. Se o Dragão continuar firme, tem chance de subir.