Desde o final de julho, estudantes da rede pública já veem pingar na conta os R$200 do Pé-de-Meia, programa criado pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Caixa Econômica Federal. O objetivo é simples: incentivar a galera a não faltar nas aulas, aumentar a permanência e segurar a evasão escolar no ensino médio.
O benefício chegou à quinta rodada com fôlego: cerca de 3,2 milhões de jovens por todo o Brasil têm direito a esse dinheiro. Só que não é só aparecer na chamada. É preciso garantir presença mínima de 80% nas aulas todo mês. Isso vale para alunos do ensino médio regular e para quem está terminando os estudos pela modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos).
O depósito rola direto em uma conta digital aberta pela Caixa no nome do próprio estudante. Se for menor de idade, o responsável legal precisa liberar o acesso. Tudo automatizado e sem aquela burocracia de banco que costuma travar a vida de quem mais precisa.
O dinheiro não cai todo de uma vez. O governo fez um calendário escalonado para evitar aglomeração nas agências e dar conta de todo mundo sem atropelo. Olha só como ficou:
Se o estudante bater a meta de frequência todo mês, fecha o ano tendo recebido R$1.800 só de presença. Quem completar todos os requisitos e for aprovado ainda leva mais R$1.000 de bônus. Um reforço real na renda das famílias e um empurrão para manter a rotina escolar, especialmente em áreas onde a evasão ainda é problema sério.
O programa Pé-de-Meia virou alvo de atenção tanto do MEC quanto de secretarias estaduais, justamente porque coloca dinheiro na mão dos jovens, ajuda no orçamento da casa e empodera quem muitas vezes pensava em largar estudos para ajudar financeiramente via trabalho informal.
Agora, a bola está com os estudantes: garantir o mínimo de 80% de presença virou sinônimo de garantir grana na conta, no período certo, mês após mês. Para quem acompanha, é menos desculpa para faltar aula e mais oportunidade de pensar no futuro.